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ROMÃ
Início de um poema,
Pode ser? Você gosta?
Claro, posso continuar?
Sintaxe à vontade...
Então vamos construir
juntos, tem um tempinho?
Tenho! Poema ou Poesia? O
que prefere?
Poema de Poesias!
Nesse momento risos foram
alinhados a pintura.
Decidi!
Decidiu? Diga, dez, doze,
dezenas, diferenças de desfechos,
Decorridos dentro de dias
de desgarrados devaneios datados,
Não se esqueça de utilizar
heterônimos para os protagonistas,
Eis que surge em tela,
novos traços, copiados daquilo que estava pronto,
De episódios que sequer
foram exibidos, prometidos e sucumbidos,
Ao calabouço as mazelas
individuais de contratos realizados antes,
Autenticados durante
pirotecnias sentimentais, seladas pelo sangue,
E testemunho dionisíaco de
Baco, que se embriagava de tanto ROMÃ.
Mal sabiam eles, que
tempos depois, aquele fervor de antes,
Das promessas eternas de
que se não amassem para sempre,
Queimariam no fogo do
inferno!
Fogo esse terráqueo, de desejos
e frases que se encaixavam,
Formando,
Em Poesias, nos prazeres,
nos poemas, pensados e profanados,
Transformando,
Em dias, nos afazeres, nos
dilemas, desejados e enraizados.
Pecados, persistentes
presentes na mente de seres benevolentes,
Que seguiam tendências de
novo mundo, repleto de liquidez moderna,
Onde não devemos buscar
nossas respostas com perguntas a terceiros,
Muito menos nos pautar a
ideias imagéticas de perfeições sonhadas,
Daquelas pessoas com quem
convivemos diariamente.
Mas eles, não são deste
tempo, transcendem limites mortais e temporais,
Renascem a vários séculos,
permeando sua existência,
Foram afoitos durante as
cantigas de amor e escárnio,
Se mostraram rebuscados ao
exibir suas inteligências múltiplas,
Naturalistas natos,
enfrentaram o mau do século, voando como um condor.
A vida impôs obstáculos,
Calos do monte, onde
idade, e a clara lince expectadora,
Espreitando seres
atualmente intitulados modernos!
Hoje, à milhas, e milhas e
milhas,
2018 chegou de manhã para
molhar os pés na primeira onda...
A tecnologia veio me
avisar, que chegou o tempo,
A bailarina ao invés de
dançar, veio poetar
A distância se ausentou
quando a tecnologia se manifestou,
O que antes era estrela
cadente para pedidos,
Hoje se ascendeu em
mensagem no visor,
O lápis que andava
empoeirado, esquecido a fé,
Se apontou na doçura e
ritmo, de poesia e seu balé!
DANILO CESAR 09 01 18 – 14:27 -
FÉRIAS
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A grande encenação!
Postado em 09 01 17
Tanta dificuldade tem passado,
Num palco em que não existe ensaio,
E se me vou, receio na incerteza,
Às vezes pressinto o erro, não saio,
Na experiência, sinto que pouco sei,
Quanto mais entendo menos gosto,
O saber é uma arma letal, verbal,
Apontada para seres sem rosto,
Que acreditam saber é manchete, título,
E não necessitam de contexto, ridículo,
Que transpiram seu total desgosto,
O gratuito se transformou em patologia,
Transformando jovens em parasitas,
E discordo, apesar do sentido real etimológico,
E insistem em dizer que é fruto da democracia,
Conclui que se “demo” é o povo,
Talvez seja o motivo de Deus rogai por nós!
Recordando os justos que nos precederam,
Sinto a retórica tornar-se automática um clichê,
Uma vez que na minha época, o futuro faz-se presente,
Ninguém tem mais passado afinal não existe raiz,
Somos todos usufrutuários de uma herança sem valor,
E se um dia acordarmos, será para um filme de ficção,
DANILO CESAR 09 04 17
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Postado em 09 01 17
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Duas Janelas
Postado em 09 01 17
Tudo é uma questão de sugestão,
O teor é calculado entre o sabor amargo,
E o fado, doce, afago afa
No doce suspiro que adoça nossa casa de fé
Fragmento vocábulos que deturpem a fala,
Apodrecem o que socialmente é dito como educação plena,
Por que preciso
Por que o ódio do ser humano é tão grande?
Mercadorias de valor que proporcionam calor e falta de pudor,
Talvez esse comércio seja causador por tanta falta de amor,
Apesar de infinitos megabytes que nos conectam,
Estamos cada dia mais desconexos dos reais sentidos,
Presos a respostas de mais porquês,
E exacerbados “PQP”, exagerados “PQP”,
Por Que Padecer, Por Que, Prosseguir,
Pra que
Palavras não ditas
E na busca singular de substantivos abstratos,
Concreta foi à surpresa na dificuldade em se traçar um perfil,
Inúmeras peças que nunca se encaixam, formas e cores distintas.
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Como adequar um frame que se constitui de peças vitalícias?
==//==
Contrariamos a regra do jogo e tornamos seu encaixe cada dia mais complexo,
Não há coesão na falta de regras e perdemos ressonância buscando coerência,
Assim, cada dia uma peça se modifica na tentativa de assumir seu lugar no tabuleiro.
Danilo Cesar 05/01/16
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Postado em 09 01 17
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Postado em 09 01 17
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Pra ti, lerá?
São ingredientes de todas as poções, capazes de curar quaisquer chagas que possam existir.
Por entre fissuras existentes, iniciadas em tempos de seca extrema, seguidas de inundações capazes de reduzir estragos, hoje sim, explicadas, afinal se não houvesse mais caminhos para rios de emoção, dilatados por momentos de tristeza e mágoa seria quase impossível manter tudo isso dentro de um sujeito com patriotismo gigante.
Apesar de inúmeras guerras travadas, décadas de experiência em diferentes campos, cada nova batalha é igual, mesmo sendo diferente, misturam frio e calor, e no tremor da escuridão sonhamos com aquela volta, que nos conduza pra casa, para que possamos contar todas as cicatrizes e suas histórias marcadas pela lâmina do tempo.
Danilo Cesar 01. 08. 2015 (12:20pm)
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Sem Paz, Sem chão.
Cada artista esconde
rascunhos, peças inacabadas, sua psique,
Obras raras, a sete chaves trancafiadas, cobiçadas
por piratas,
Ainda me lembro, de sua pintura, cabelos em tons
rubro negros,
Machadiana de olhos cuja veracidade foi posta a
prova, cigana,
O sonho com a felicidade, misturado a hormônios mergulhados
ao frio da barriga,
Rosto particular, único, incomparável a seres
da mesma espécie.
É, em sua primazia rebuscada, linhas sem sentido
assumem nova forma,
Quando palavras escondidas em olhares, não ditas
entre toques e traços,
Unicamente proferidas décadas póstumas, há tempos imortalizadas,
Exaltando questões perdidas, esquecidas de nossas singularidades
reprimidas.
Amplexos fortes que se enlaçavam em diversas fragrâncias,
Quando desfeitos, enlouqueciam a libido,
transformando os laços,
Únicos, nós tão cegos quanto os pensamentos que
permeiam a paixão,
E hoje, nós, eu e você de hoje, e você e eu de ontem,
reencontramos,
Consequências de dias que sequer existiram, motivo de
persistimos,
Entre pensamentos lascivos por ósculos que nunca se
encontraram.
A latejante emoção serve de combustível por entrelinhas
de um coração,
Acordando entidades divinas e mitológicas há tempos
adormecidas,
Lendo símbolos, secretos por entrelinhas de
escritores em comum,
Materializadas na beleza singela de nossos infinitos,
sorrimos,
Aquela paz, que sempre nos tira o chão, incendeia cinzas,
de uma velha paixão.
DANILO CESAR – 31. 07. 2015. (13:23pm)
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Tear em mar
Postado em 09 01 17
A negação.
DANILO CESAR 06/04/2015

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Tear em mar
Postado em 09 01 17
A noite já não faz tanta falta e as ideias fluem freneticamente mais uma vez,
É impossível dormir, e igual a você eu fico aqui pensando, planejando,
Posso, devo, será que é dívida ou apenas um dever,
Não devemos mais, mas deveríamos ter feito.
Tecendo trechos, tratados tão tendenciosamente, tento,
Trocar tons e tecidos trabalhados, trançado traçados,
Linhas e cores sem nenhuma forma singular,
Pluralizadas com encontros de suas fibras individuais.
Deixando a impressão de cada poro, espelhado em um piscar de olhos,
Acelera e modifica a forma de meu próprio rosto,
Arqueando lábios num esticar de sobrancelhas,
Lançam flechas para o sul e diminuem a temperatura.
Frio na barriga? Que nada, é apenas um tear, tecendo.
Talvez possamos tecer imagens em um ponto cruz,
A, ante, após, até, para e perante nós mesmos,
Que, pra sempre o tecido se amarre, sem pontos cegos.
Nós, sem reatar ou reiniciar para, não mais precisar,
Cair em sono profundo, com o dedo espetar no fuso da roca de fiar.
Talvez assim um dia possamos dormir, e até acalmar,
Levando pensamentos por ondas imaginadas no tear em mar.
DANILO CESAR 08/04/2015
==//==//==//==//==//==//==//==//==//==//==//==A negação.
Revoluções são ideologias construtivas alimentadas pela
destruição,
Vivemos um mundo aidético, com nossos coquetéis capitais,
Sete dias da semana, 21 horas tristes por dia,
Restando apenas 3 horas conclusivas de realidade,
Nascimento, crescimento e falecimento,
E por entre eles insistimos em aumentar nossos inimigos,
Egocêntricos e providos por desejos pautados a distância de
nosso nariz,
Que somente aumenta nossa arrogância, promovendo mais
ignorância,
Nessa deselegância ofendemos muito mais do que devemos,
Palavras proferidas para pessoas por quem podemos precisar,
Pirotecnias de revoltas em guerras não travadas e há muito
reprimidas,
Existem culpados para aqueles que não possuem uma visão,
Tudo que ensinamos, validamos ou dizemos acreditar,
Dilui na errônea ideia de que a escolha certa é a melhor
escolha,
Uma vez que a Moral vem sempre em segundo plano,
Depois da Lei, assim como afirma nosso dicionário de língua
materna,
Maldades que exalam por poros podres, cheios de energia,
Modificadas pela insensatez num momento de rebeldia,
Talvez, além, porém alguns nascem para acreditar no bonito,
Alguns para observar, outros para ver, e poucos para
enxergar,
Toda a linguagem fingida que as pessoas insistem em maquiar,
Na tentativa de ofuscar dizeres que se escondem entre ditos não
ditos,
Acreditando que já possui o bastante, ouvindo para não
magoar,
E dizendo somente por dizer, bom dia meu amigo!
Se bem recordo, segundo os gregos o “A” pode indicar
negação,
Por isso devemos estar sempre atentos aos nossos “a”-migos.
Por isso é que às vezes nos decepcionamos com as pessoas,
Anônimos, amorais, ateus, apáticos, atípicos, adversos, Amigos.
DANILO CESAR 06/04/2015
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4 Vezes Você
A quantidade de informações transpira quando o assunto é
saber,
No quesito Ser, a complexidade dos fatos confunde o querer,
Queremos mais que ontem, repleto de um hoje que chega
amanhã,
Nessa independência distante que paira entre nós, somos sós.
O conceito de liberdade é falho quando lhe traz ambiguidade,
Se Livre, ao estar preso a clichês, fobias sociais e
preconceitos banais,
Ser Livre é não mais apodrecer vivendo erros sempre iguais,
Fácil, eu sou capaz, e antes do piscar de olhos, o dia
amanhece.
Saudemos a manhã com um gigante bom dia, Irritante, roubando as lembranças daquele sonho,
Lembrar? Impossível, pois nosso amigo córtex, ironicamente cortou o
elo,
Justo no momento mais emocionante, feliz e sincero.
Talvez no céu, quando a chuva passar, seja possível,
Por entre o pano azul desenhar bolinhas brancas,
E pra sempre rascunhar o final de um sonho passado.
Danilo Cesar 20/03/2015
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Café e um amor, quentes por favor!
Mais uma guerra entre personalidades sósias,
Mais uma guerra entre personalidades sósias,
A questão diária foi saber se possuímos heterônimos,
É muita pretensão afinal só Fernando saberia explicar nossa diferença,
Pessoa de pessoas que traduzia seus conflitos próprios,
Suas personalidades deprimidas ou reprimidas?
Durante uma crise nada sonolenta palavras foram criadas,
Na insistência da agua na calha, lavando o dia de sujeiras,
Junto à dessalinização de interna de nossos medos e incertezas,
Enquanto nos aquecemos, colando recortes em preto e branco,
Construímos incertezas tão reais que acreditamos serem sonhos,
Talvez ainda se não dormíssemos poderíamos flutuar,
Em um futuro do pretérito que insiste em nos acordar.
Gosto de palavras, elas transformam qualquer ser em super-herói,
Mesmo que alguns insistam no seu uso para o mal,
Muitas vezes são rivais aos pensamentos,
Vindas em horários impróprios, sem causa, com efeitos,
Eufemismo da metade do que às vezes pensamos.
Coffee and Sugar?
Acredito ser essencial contra momentos de espasmos,
Love?
Não sei, talvez ainda não seja a sintonia deste momento,
Devemos todos tentar dormir, para não precisar acordar,
Sonhar e sorrir para aumentar nossos níveis de endorfina,
Sem sol, ao som da chuva, que chora como você, menina.
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Danilo Cesar – 18/02/2015
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Danilo Cesar – 18/02/2015
DANILO CESAR 01.07.14 00:31
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Frases Soltas
Meus amigos nem sei quem são, perdidos entre ruas e rugas em sonetos sonoros,
que sorriem em um oi, enquanto minhas memórias tentam se relacionar com a
imagem de alguém que um dia talvez tenha partilhado de brincadeiras, colas
escolares ou emoções que duraram pouco para o registro.
Insistem em nos tirar tudo o que gostamos, louvamos e amamos, e na
incapacidade dessas almas rasas e mesquinhas mesmo sem nada que nos leve a
observar ou tocar, nos restam às memórias, e num piscar de olhos são
passaportes para um universo paralelo.
Danilo Cesar – 30/01/2015
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Ao som da canção "Xanéu n. 5 e Sina Nossa" (OTM), nasce:
Pay per view
Sinto tamanho desgosto de pensar e repensar,
Transmitir nossa verdade é mentira pra ouvintes,
Pressionar é explicação na tentativa de socorro,
Quando sua maior fuga é a vontade de solucionar.
Pena, afinal nossa sina é se ensinar,
Duramente, às vezes aprendemos,
Outras apanhamos por conta da surdez,
O que mais deprimi é sermos seres indiferentes ao ser.
Há dificuldade em transformar em produto final,
Mesmo que sua cultura seja a mais plena possível,
Nem sempre o receptor quer entender a mensagem.
Infelizmente uma nova cena de se constrói,
Rancor é um rolo compressor, do supressor,
Um dia talvez, saibamos falar sem magoar.
17/11/2014 – DANILO CESAR
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Baseado em trechos do livro
"Quem é você Alaska, do autor John Green!
My new friend!
Miles tem compartilhado suas dúvidas e incertezas,
Afinal a adolescência existe pra sempre, e sempre acaba,
Aos 15, 30, 45 e talvez se finde aos 60, último debutante,
Sofrendo por condições ou transformações, um mutante,
Ótimo amigo que acredita que ser esquecido não é uma opção,
Em busca do “Grande Talvez” insiste em espelhar o passado,
Evitando a reflexão e tentando poupar sua refração,
Poliglota em últimas palavras, conhecedor de falas,
Como todos os que aqui residem tem a curiosidade pela seda,
Pluma que saudosamente repousa em seus sonhos,
E perfuma seus olhos com o tom alaranjado do outono,
Talvez lhe compre as horas somente para repetir a seu favor,
A seus encantos e caprichos de uma pura e ingênua sensação,
Inexplicável e inigualável como a tradução de um sentimento,
Talvez com o tempo, vá entender que palavras serão em vão,
Apesar do sentir continuar flagelando seus sonhos,
E programar as mais intensas emoções, em troca de poucos segundos em
transe,
Seu recurso continuará sendo planilhas que se perdem ao vento,
Entre rascunhos de uma vida que já tem prazo determinado, tempo,
Com validade emotiva questionável e quase nada saudável,
De valida idade inquestionável, com memória e imagem memorável!
Com a junção de todos os momentos capitados em “Insta-memory”!
DANILO CESAR –
28/07/2014 – HOME SWEET HOME, Waiting for the next chapter!
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E há tempos, eu sei!
Medo de ser esquecido não é algo que possa afligir sonhos,
Ter aflição por não esquecer seres inesquecíveis,
Isso sim pode transformar fantasias em pesadelos,
É tão maravilhosamente possuir tantas lembranças
E de todas, poder lembrar com sorriso latente,
Por entre lágrimas pouco explicáveis e tão vivas,
É lembrar de um tempo bom que não passou,
Que é modo presente mais do que perfeito,
E pensar que temos todo o tempo do mundo,
Afinal temos nosso próprio tempo, e afirmamos,
Que não foi tempo perdido, somos tão jovens,
Mas erros vulgares sempre nos perseguem,
E mais uma vez por um encanto de cigana,
E mais uma vez Yin-yang calculam o “Mérito e Monstro”,
Lavando a cara embriagada no chuveiro do banheiro,
Analogia, que transfere a informação de um sujeito,
Particular, para outro sujeito, e outra, e noutra,
Essa sim teve o poder de mudar minha mente,
Me fazer feliz, contente, sempre, e até hoje,
Às vezes, quando, como e tanto que nem sei por quê!
Mares e anos à frente, eu sei que há tempos,
Tempos de luta, tempos de glória, nessa história,
Ainda é cedo, mas como não se lembrar de todas.
E por entre favos, lembranças continuam a surgir,
Com sabor de mel, único e inesquecível,
Mas crianças sempre se lambuzam com o pote todo,
E eu vi tudo se desmoronar novamente, pote trincado,
Talvez não quebrado permanentemente, afinal só a morte é pra sempre,
E por entre rachaduras que insistem na vazão do que só eu sei,
Eu insisto no copo, assim como Jack adora rum,
Eu prefiro olhar José que amamenta seu Corvo!
Acho justo o livre arbítrio, ilogicamente até demais,
Pois ele sempre acaba explodindo e espalhando novos desejos.
Como saber o que é certo sem ainda ter a oportunidade de conhecer tudo!
Sem ao menos conhecer todas as coisas e pessoas que deveria.
Onde já se viu, alguém julgar uma figura, que sequer se descobriu,
Pois ouvi dizer que a gente nunca sabe de quem vai gostar!
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A Sã idade
A sanidade adquirida no decorrer tempos
É apenas estereótipo produzido pela perda de melanina.
A crença de que cada dia, temos mais a perder,
Talvez deva ser pautada na ideia que menos tempo temos,
Ao invés de crermos que somos diferentes, mais velhos,
Que devemos servir de padrão para futuros seres,
Será que sou ou deveria ser? Ser admirável ou admirar?
Quando foi que escolhi ser o desejo de todos e não eu?
Por que a sã idade converge com o que realmente se busca?
Não existe sanidade onde há perca de sua personalidade,
Inversamente calculada, afinal, com o prazo de validade expirando,
Insanamente deveriam ser gastos desejos e vontades,
A sã idade é aquela formada de lembranças insanas,
De ideias que sequer foram pensadas ou programadas,
Conjunto de tudo aquele que insensatamente aconteceu,
Com o poder de desenhar sorrisos em faces que não se veem,
Que não se tocam a décadas, e foram viver o que se diz certo,
Mas que travam batalhas diárias entre ego e superego!
DANILO CESAR 30 05 14
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Ao pai chorar
Cada início tem marcado o fim de algo que ainda não começou,
O choque tem sido um gigante hipérbato, sem luz, obscuro,
A luminosidade cruel propaga todas as manchas explícitas,
Que na inocência e displicência diárias recusam tomar lugar,
O bom e belo foram tocados pelo rancor e desgosto,
As imagens projetadas de formas politicamente corretas,
Já não ultrapassam o filtro cheio de vestígios de difamação,
Calúnias e injúrias, que se transportam por conversas em vão,
De rostos rosados a sorrisos amarelados, com formas e reformas,
Por interdependências necessárias que derramam interesses,
Somos seres que se perderam em sentido segundo sua etimologia,
Ser é poder, pertencer, e não realçar características de um eu,
Figuras tidas como ídolos, são meras crianças reprodutoras,
Que aprenderam a encaixar formas geométricas em lugares corretos,
Ele manda, eu obedeço, porque assim encontramos a forma certa,
O melhor lugar, a bela maneira, a palavra sem ofensa e a crença,
Já não são mais questionadas, pois já passou, é fruto da agilidade,
Somos “seres” tão ágeis que nos esquecemos de pensar,
A necessidade de conectar e estar plugado são viciantes,
E já nem lembro mais de meus pensamentos, desejos?
E me direciono a uma facção qualquer, um grupo que me aceite,
Na inconstante vontade de emancipação, tento a libertinagem,
Ser divergente é personalidade numa sociedade sem focos,
Afinal ninguém mais sabe o que é liberdade!
Tentei ao pai chorar, e contar tudo o que se passar, e me retratar,
Me apoia a chorar, mas o sal sempre traz feridas incuráveis,
Por me apaixonar, caluniar, deturpar, encantar e talvez amar,
E inexplicáveis vezes relembrar, pensar, analisar e idealizar,
E nessa reclusão finge constantemente a dor do dizer o que não sente,
Que dilata pupilas, pulsa vasos, e ativam memórias instáveis,
De protagonistas de uma vida cheia de inconstâncias,
Que mesmo sem remar, conseguem agitar o mar de lembranças,
E insistem em tempestades para uma destruição total,
Mas esqueceram de ter exibido a beleza de uma forma que só o poeta vê,
Sem transparência e maiores transcendências, reduzida ao pó,
Na forma mais singela e bela possível, com sentimentos e sonhos,
Que hoje por entre muralhas e pinturas, renuncia as letras,
Aguardando as ondas que renovam a areia, e encantam como magia,
Mas por anos que venham a se passar, tenha certeza que tudo muda,
Menos a visão do poeta em relação a sua obra mais descrita.
Afinal sinceras palavras não meras mentiras, mas sim, fissuras,
Que se enquadram dentro do que você prefere não acreditar.
DANILO CESAR – 21 04 2014
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Incógnita
Fatos são relatos de contador de estórias,
Frutos e lendas de um amigo do amigo,
Meu!
A veracidade se perde em repetições,
A cidade, enquanto conta um conto,
Insiste na leitura que nem existe mais,
Afinal ler é para poucos, na terra do nunca,
Entender é para a rara idade entre seres,
Que tecem o saber em tons de cinza,
Articulados conforme suas noites,
Por entre lutas com todo seu literal recalque,
Reprimido, repreendido e incerto,
Fantasmas que insistem em não se calar,
Em inúmeras madrugadas de conversas,
Numa visão nada real para seres comuns,
Promotores da lógica igualitária, esquerda,
Sem cor ou lógica, pragmática e chata,
E onde foram morar as cores, flores, e sentir momentos?
O mundo gira num piloto automático para sentimentos,
Ideais que se perderam em planos que nunca existiram,
Afinal planejar é excessivamente futilidade temporal,
Nem todo plano é, aquilo que nosso manual diz,
Nem todo objetivo tem uma diretriz,
Quando se busca a felicidade do momento,
E ao contrário do que rege a sócia da idade,
Fixe resultados formadores de lembranças,
E cada dia reafirme sua presença,
Pra não cair no abismo da inexistência,
Neste instante em que me encontro,
Calculo um norte através de pontos,
Um cruzeiro de sul desnorteado,
Que se vira, gira, sem, e com o passo, do sonho,
Com olhos fechados para a realidade,
Transformo tudo em minha identidade.
DANILO CESAR – 10 04 2014
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Idealizar
Não sou do tipo racional que calcula,
Mesmo visando fúteis prazeres da riqueza,
Às vezes me perco encantado por belezas,
Não posso ser guardião, tenho fraquezas,
Dificuldade pra escolhas, minha franqueza,
Um artesão? Não tenho certeza!
Adoro construir, somar, e participar,
E vou deixando a vida fluir,
Assim como a cachoeira que chora,
Por deixar sua nascente,
E viver só, por rumos e caminhos imprecisos,
Mas totalmente necessários, precisos,
Para que outros possam ter felicidades!
Quem sou eu? Por muito tempo busquei a resposta,
E na incerteza ainda busco, e vivo como um conselheiro,
Sim, aquele que têm um desejo excepcionalmente forte,
Para contribuir para o bem-estar dos outros
E encontrar uma grande realização pessoal
Interagindo com as pessoas, alimentando-as
Em seu desenvolvimento pessoal, orientando-as
A perceber o seu potencial humano.
Me realizo em meu empregos, e usufruo da escrita
Mas saibam que é um árduo trabalho,
Que exige solidão e muita atenção,
Tenho dificuldade com indivíduos e grupos de pessoas,
Mas minhas interações pessoais não são superficiais,
E amo meu tempo privado tranquilo, para recarregar as baterias.
Sou gentil e positivo em meu teatro de marionetes,
Sou ouvinte e naturalmente interessado,
Em ajudar pessoas com problemas pessoais.
Tenho problemas com liderança,
Prefiro trabalhar intensamente com pessoas próximas
Especialmente no mano-a-mano,
Em silêncio exercendo influência nos bastidores.
Esta é minha arte da persuasão.
Pertenço a um raro grupo,
Cientificamente somos pouco mais de três por cento da população,
E pode ser difícil de me conhecer,
Afinal não compartilho meus pensamentos mais íntimos
Ou minhas poderosas reações emocionais,
Exceto com seus entes queridos.
Sou uma pessoa muito particular,
Com uma vida interior extraordinariamente rica, complicada.
Amigos ou colegas que conheço há anos,
Posso reencontrar, que mesmo assim os virei com novos olhos,
Não que seja volúvel ou disperso;
Valorizo minha e sua integridade como um grande negócio,
Tenho personalidade misteriosa,
Enlaçadas, que às vezes confunde até eu mesmo.
DANILO CESAR – 20 02 2014
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Ter pra não compartilhar
Temos vidas pautadas a prioridades,
Preciso: ganhar, gastar, brincar e amar,
Não invejo pessoas que invertem a ordem,
Mas admiro, acho linda a beleza da mesmice,
De lutar e sofrer pra transformar o feio em belo,
São ilusões que criam gêneros, estereótipos,
Alguns chamam de sonhos eu chamo utopia,
Muita, linda no papel, e nos pensamentos,
Na vida é totalmente cruel, só sofrimentos,
Moldamos parâmetros em nosso consciente,
E quando tentamos somos inconsequentes,
Pensando no certo agindo com o inconsciente,
Magoando pessoas por momentos ardentes,
Somos semeadores de futuro, de vidas,
E preocupamos pouco com outros,
Queremos ser felizes dentro de um prazer,
A sede é gigante e tentamos satisfazer,
Hipocrisia, pessoas querem isso pra viver,
Precisam de formas e fórmulas mágicas,
Eu tenho, mas não posso compartilhar,
Afinal quero ficar rico, e vou levar pra mim,
Vou comprar o que, e quem eu puder,
Pra amar como, quando e o quanto quiser,
E sentir quando puder afinal sofrer é pros fracos,
Aqueles que têm coração, e não acreditam na ação,
Estou construindo um futuro, desapropriando casas,
Meu nome é egoísmo, não deixo lugar pra coisas banais,
Forte como rocha queimando, preciso de mais,
Troquei o coração por válvulas de pressão, movidas a gás,
Ar já falta, não há tempo pra respirar, pulmão empedrou,
Só restou a carcaça, cansada e desfocada, sem raça,
Aguardando pela renovação da pele em busca de caça.
DANILO CESAR – 09/02/2014 - NEBRASKA
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Baseada em trechos da música "Eu não sei, na verdade quem eu sou" - OTM (http://www.youtube.com/watch?v=Hlj8EtVoRi8&list=RD4RzacKRdu6A) surge:
Mais uma segunda!
Chegou ao fim, hoje, quanto tempo faz,
Ser notado já não faz tanto sentido,
Desapercebidos todos somos e vivemos,
Passando pela vida, muitas vezes,
Deixando o automático nos levar,
Por entre imagens estáticas e fontes,
Expressamos uma felicidade, às vezes oculta,
Falsa, inexata que não confere com o eu,
Ou mesmo você, já não existe nós,
Eles são mais belos, sendo iguais,
E nós aqui tentando ser diferentes,
Por mais organizado que queira ser,
Mas bagunça causa em sua arrumação,
Tantos eufemismos para um lugar feio,
É quando chega o sonho, e promove,
O sal que marca a face quando se comove,
Que escorre por um rosto entre suas lembranças,
Expressas entre as rupturas das últimas décadas,
Como é engraçada a experiência da ida,
Rogamos pela juventude em busca de mais,
Mas são tantas e inesquecíveis lembranças,
Como vive intensamente tudo, que delícia,
Há saudade, e fico calculando meu valor,
E não existe dia melhor do que o atual!
Inspiração é degustar de sensações,
Se entorpecer de tudo, sentir falta do não ter,
Numa overdose de felicidade,
Sentir-se um ser, além, mais do que apenas ter,
Recombinando atos e inovando histórias!
DANILO CESAR – NEBRASKA 21/01/2014 – 10:39pm
Uma só lição
Conheci algumas pessoas, de renome inclusive,
Pomposas, articuladas, requintadas e políticas,
Pude partilhar desse convívio por algumas horas,
Sorri e mostrei belos dentes, e me comportei,
Só ri para agradar, afinal, mamãe ensinou,
Sem ao menos saber qual minha função ali,
Opinei, discursei e até me apresentei,
Confesso, algumas palavras não entendi,
E certamente nem em língua materna entenderia,
Também, ideologia é o que se busca pra viver,
Todos num diálogo fervoroso em busca de solução,
E depois de algum tempo, contas pagas, gorjetas salvas,
Por entre carros potentes e ostentações de um luxo,
Sem sequer terem resolvido algo, ao retorno embarcam,
À volta pra casa é marcada por um frio intenso,
Perdidos completamente pelos tópicos discutidos,
Enquanto discutíamos qual o horário de nosso transporte,
De motor potente, afinal é complicado levar tantas pessoas,
E nesse instante compartilhamos a nossa lição, aprendi,
De uma forma ou outra que não existe solução,
Para problemas que nem ainda criamos!
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Algumas milhas atrás
Caso você não saiba, bem vinda,
Algumas milhas atrás,
Menina de sorriso voraz,
A gesto é a afirmação da incerteza,
Por notas confusas saem ritmos,
Numa cabeça cheia de sonhos,
As necessidades consomem a real,
Transporta para sonhos lascivos,
Sem concretizar o será, talvez, quem sabe,
Eu sei, finjo, olho, pisco, te belisco,
Na tentativa de um retorno,
Do que só um de nós deseja,
E talvez o outro nem mesmo almeja,
Sequer sabe que há um outro,
E nos dias que acordo pensando em você,
Retrospectivas correm, surgem faces,
Vejo pronomes em terceira pessoa,
Singular, num pluralismo feminino,
Quando acontece, nada mais sei,
E me contenho no erro de magoar,
E vejo-me um mago a voar,
Seu cheiro de cereja me beija,
Pessoa foi Fernando, poderoso,
Teve a coragem de ser mais de um
Fer e seus Homônimos, sentiu todos,
Feromônios nos deixou, maldição,
De essências e sensações que consomem,
Decência, minha mãe sempre disse,
Meu filho cuidado, não seja só um homem,
Seja, o homem, mesmo simples, sem atrativos,
Ou formas desejadas, mas atitude invejada,
E ideias por todos a serem almejadas!
São 6
Engraçado sermos seres que tudo aquilo queremos,
Tudo é tão amplo quanto olhar pela janela,
E irônico é o resultado de uma equação de primeiro grau,
Que por mais números que adicionemos terá um único resultado,
Como? Impossível!! Será mesmo?
Afirmo com base na matemática vivida,
Por vários muitos anos que um ser contou,
Somou e quantificou números na cabeça
São poucas consoantes com a vida,
De vocais que insistem num mais, sempre,
Sei lá se serei, ser um ser, sem saber,
Estou sendo, pois possuo tudo que preciso,
Afinal são 6, apenas 6, objetivo e tímido,
Impreciso mesmo quando preciso,
Eis que surge o D-E-S-E-J-O,
D-evasso quando preciso,
E-legante quando solicitado,
S-evero com nosso ego,
E-mocionante como a vida,
J-eitoso como um poeta,
O-rganizando suas emoções,
Afinal restringe apenas a letras que tanto queremos,
Desejos, eles são egoístas,
Mesmo havendo outros neles,
Desejar é infinitivo para muitos casos,
A não ser quando o desejo depende somente da primeira pessoa do
singular!
A real idade.
Quem um dia poderia pensar,
Que longe de tudo poderia estar,
O medo e a incerteza fez o futuro,
Deixando pra trás um pretérito mais que perfeito,
Cheio de graças e desejos concretos ou não,
Existem novidades, mas não há tanta surpresa,
Mas parece algo normal, o mágico,
Dá lugar a realidade, e posso assegurar,
E como um menino, tento mesmo segurar,
Toco paredes, confiro o cheiro,
Encanto-me com as folhas no chão,
De um tempo que só via na televisão
Tenho a real idade de dizer, valeu a pena,
Na realidade como quando afirmei em um momento,
Longínquo, porém de grande importância,
Por entre notas musicais, amigos e sensações,
Cantávamos intensamente, em nosso
último dia de alunos,
Pois é, isso se repetiu durante nossa formatura,
E hoje, aqui, só, porém com experiência de um todo,
Reafirmo, que valeu a pena, todo o sufoco,
Problemas, e situações que naquela época,
Por vezes tentaram fazer-me desistir,
E na arte encontrei a mudança,
Em marte à vida? Mas há esperança,
Por onde andei, sei que marquei,
E será que eu sei, que eu terei
Tudo aquilo que eu sonhava!!!!
DANILO CESAR 16 01 14
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DANILO CESAR – 02/01/2014 – BEATRICE, NEBRASKA-
U.S.A.
Eu acho...
Mudar de opinião nem sempre é perder a noção,
Tem sido razão para tanta falta de informação,
Questões pessoais são tratadas com certas pessoas,
Nunca a seu público, a quem interessa minha vida?
A não ser a primeira pessoa de um mundo singular,
Interpretar é aprender identificar a realidade,
Camuflar é uma tática de guerra, entendem?
Conheci algumas personas como Benjamin Button,
Aparentemente décadas expressas em linha e traços,
Porém meras crianças, transpirando seu medo,
Outras pedantes e infelizes, carentes à audição,
Persona non grata, esquecendo-se do termo grupo,
Vislumbradas com o mundo, mas sem saber o que fazer nele,
Que se perdem perante tamanho contraste,
Confesso que, às vezes também me perco,
É normal, meu lado criança possui energia vital,
Mas meu gravador de neurônios insiste em tocar,
Palavras de uma sábia que dizia para eu observar,
E assim tenho pelejado, olhado mesmo assustado,
Infelizmente em momentos a Ira toma conta do ser,
E proferir palavras é tão mortal como vulcão,
São inconstantes quando quentes, na discussão,
Devastadoras como a espessa lava, destrói a relação,
E quando chuva toca a temperatura nos leva à reflexão,
Personalidade é algo forte, com coisas que tatuamos ao tempo,
Mixando interesses, sonhos e desejos que almejamos,
E se sendo exigente com 1° e 3° pessoa, desejo crescer,
A intolerância aumenta a cada segundo, temo padecer,
Minha carranca é eufemismo às minhas ideologias,
O politicamente correto, tem sido razão para meu sucesso,
Assim como a poesia, transcrevo pensamentos,
Leio, corto todas as gorduras, leio,
E finalmente aqui, único, e lido, vivido,
Desejado por poucos, invejado por tantos,
Amado por outros, e cobiçado por desejos.
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Sobra tanta falta
Vida, quantas vidas nessa vida, conhecemos,
Erros, demais, foram para chegar onde estamos,
E já é Natal, amigos não mudaram nada,
A não de tamanho, idade, e relacionamentos,
Afinal todos mudamos, tudo já é diferente,
Serem que mudam, seres mundanos,
Que trocam oi por silêncio e esquecem,
Ou sequer lembram, de esquecer, talvez,
Eu lembrei, de todos vocês, ontem foi dia,
De retrospectiva, afinal limpei meu quarto,
Quanta coisa deixei pra trás, limpei,
Joguei fora, no lixo, mesmo sendo impossível,
Afinal vivenciei, e a memória está cheia,
Mas entre caches e clichês, não se joga fora,
As experiências, lembranças, loucura e insensatez,
Aqui já não cabe mais nada, sobra tanta falta,
Dos risos, brigas, casos e descasos do destino,
Fotos estão por todo lado, quanta felicidade houve,
E quanta gente já se foi, alguns acho que não voltam mais,
Mas eu tenho o dom de mudar, posso sonhar,
Afinal quem manda sou eu, e obedeço quando preciso,
É ótimo ser, um ser ambíguo, já não me importo,
Afinal comum de dois gêneros não quer dizer bipolar,
Também não é masculino ou feminino,
E meus amigos, são, ecléticos, tímidos, loucos,
Enfim únicos!
Obrigado a todos vocês, quem em 2013, me ajudaram a comemorar 3
décadas, e que venham as rugas, para que
eu possa, preencher todas, com cada lembrança especial, que tivemos durante
toda a esplendida vida, papai do Céu, você me ensina como?
É certo que você usa manual, porque, tá acertando muito!
Obrigado a todos, amigos, professores, colegas de trabalho, alunos,
enfim, a vocês que me ajudaram chegar até aqui! Feliz Natal e ótimo 2014.
DANILO CESAR – 24/12/2013.
Ser e não ter, isso é uma
questão?
Honestamente
falando, já foi singular,
Hoje
é ambíguo, varia em várias idades,
Hoje
um ser amigo, corrompido pela maldade,
Navalha,
faca de dois gumes, mão dupla,
Isso
é duplicidade, quanta realidade,
Já
foi cumplicidade, sendo apenas cúmplice,
De
um Caráter, recém adicionado pelo Aurélio,
Em
que o conjunto das qualidades e defeitos,
Que antes determinava a sua conduta e a sua moralidade,
Hoje apenas reflete o “Cara Ter”,
E o Ser e não Ter já não traz holofotes,
Shakespeare, quanta tristeza sentiria hoje,
O ser e não ter já se tornou afirmação,
Que se firma na ação de frustração,
Pessoas que lutam por roda gigante,
Girando pra um lado, e pro outro,
Num lelelek lelelek frenético,
Comendo, correndo e fedendo,
Sem sonhos, um ter infeliz,
Acreditando em ter, pra ser feliz,
Poesia são palavras sem sentindo,
Afinal o piloto automático não permite pensar,
Reclamar e criticar basta começar,
Faça o teste da felicidade,
Ligue a Tv e anote quantas vezes,
Pense e note, ela afirma que suas coisas são ruins,
Afinal o passado já não faz tanto tempo,
Porque o futuro já tomou conta do presente,
E ser não possui um presente simples,
Que você precisa de mais, além do mais,
Sabemos que alvejante não clareia a alma,
Carros não te levam ao paraíso,
Refrigerantes e Comidas já deixam enlatados,
É, uma felicidade plena, mas quando desliga,
Vem à depressão, porque amanhã tenho que trabalhar,
Amanhã tenho que pagar, e não tem como apagar,
A frustração toma conta, e ai o que você faz?
Compra, e cava, se drogando com o consumismo,
Cavando sua cova, e logo passa a sensação de prazer,
Quando se dá conta, já não existe conta,
Nem dinheiro, nem amigo, e sequer um ser,
Não existe uma feliz idade, foi-se a felicidade,
E nem mesmo o ter tido tudo tantas vezes,
Por maior que seja, não supre,
E sufoca as simples necessidades de um ser!
DANILO CESAR – 18/12/2013.
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Meu sonolento!
Qual seria a melhor palavra?
Partindo do princípio, eu sei.
Nenhuma! Uma vez que tudo é,
Quase nada, e deixa sempre à deriva,
Sempre tentando explicar ou derivar,
O melhor conjunto de derivados,
Que exaltam as emoções, num sono lento,
Canções de seres ativados e eu sonolento,
Sempre acreditei que o A, fosse singular,
Uma vez que o A, é, e não foi, será?
Ações, que insistem em plural,
Tornando-o saudável, são e sadio,
Escrito e sempre dito como formal,
Assim é o trigésimo, caminho!
DANILO CESAR 08 08 2013
Sol.
Brilha pra que te vive,
E te espera, como Lua,
Pena é não conhecer, você,
Forte e nova, é majestosa,
Crescente e tímida é, criança,
Cheia, quando apaixonada,
Perdida em minguante tristeza,
Por mais rica que seja o ventre da nobreza,
Sonhe afinal o sol vive atrás,
Girando, tocando e cantando,
Na esperança de que caminhando te encontrará,
Além do que queria, venha me chamar,
A idade será a ressaca e você meu mar,
Brilhe cada dia mais, afinal,
Sua luz inspira tantas coisas,
Tanto quanto, pessoas que suspiram,
Prometem e mentem a verdade,
Consentem somente a saudade,
Na certeza de um ser que surge,
Uma estrela maior, fazendo sol em si,
Latejando e queimando, só,
Por uma protuberância lasciva,
Acalentando feromônios inimagináveis,
De seres que ainda nem existem,
Em meio a ósculos e amplexos,
Que lutam durante vários prazeres,
Na tentativa de ser notado e vir,
Fecundar e se instalar no espaço,
Ambiente, seja lá como é, o mundo,
E um dia, distante, verá a beleza,
Brilha no ser maior!
DANILO CESAR – 03 08 13
Foi assim que tudo
começou,
Entre tantos tumultos
e situações,
Lutamos juntos, sempre
estávamos lá,
Iluminando-nos,
mútuos, parceiros,
Zelando sempre em
caminhos errôneos
Dia e Noite,
Deixando às vezes tudo
para ajudar,
Olhando-te bem, sem
saber o que vem,
A pessoa que sempre
acreditava,
Mandando toda sua
positividade,
Indo até final somente
para ver,
Gastando toda certeza
do incerto,
Ordenando quando o
caos dominava,
Por entre tantas
perdições,
Amores por dores,
desilusões,
Risadas e gritos de
vitórias, eu,
Agradeço pela
paciência
Você! É único!
Palavras são finitas ao expressar,
A gratidão que sinto por anos,
E vivências que juntos, nós passamos,
Poucos são vocês, de verdade,
Porém valem muito mais que,
As centenas de pessoas que nos rodeiam.
Não preciso dizer ou pedir,
Pois você amigo, vai sempre surgir,
E quando eu menos esperar,
Com você sempre posso contar!
Parabéns por seu dia!
DANILO CESAR – 21 07 13
Sal da
idade.
O belo
é certo como a certeza do erro,
Perdi-me
durante a transpiração,
Ou
enquanto eu ouvia ao som,
E não
querer mais do que bem querer,
E falta
fez hoje, num instante que foi,
Lembrei-te,
e o sal tomou conta do rosto,
O sal
que indica a idade, dos 4 elementos,
A
saudade que marcou o fogo já não é tão certo;
A
terra, o ar, na água a lembrança de um mergulho,
No
riso, sorriso, e só rio, mesmo sem graça,
Repleto
de felicidade que maquia o rosto,
Ter
tudo não é ser tudo o que se deseja,
Ser tudo
é algo irônico, porque seu tudo,
É pouco
quando existem redundâncias,
Que
conflitam no que só a lógica confunde,
E lutam
contra o que a sociologia prega,
Traçou
a marca de algo que não mais está,
E o
meio é belo, cruel, e incerto,
Independente
de como eu ver,
Memórias
são lâminas que insistem,
E
quanto mais cegas, mais machucam,
Na
persistência de um cicatrizar incerto,
Há
tempos não ardia tanto assim, e você medo,
Tomou
conta do que eu sempre achei cedo,
E
desejado és meu caro, porém, o desejo,
Esse sim
é o mais confuso de todos os anseios,
Que
venha o calor, que sua sublime cor,
Quente
é a dor, que insiste em se repor,
A
encenação hoje não é possível, castiga,
A
maquiagem é insubstituível, abriga,
Aguente
firme a beleza do vivido é força,
Para
vim ver e viver onde haja sol.
Essa
começou apenas com a saudade,
E
termina com a pergunta:
“Porque
que o mar, não se apaixona por uma lagoa?”
Turva
está à visão, deve ser todo esse sal,
O
reflexo de Fernando Anitelli ficou para final,
E os
justos que o precederam, Óh Pessoa,
Lembro
que uma vez me disse enquanto viajava em você,
“Quem quer nunca há-de poder, porque se
perde em querer.”
Se eu for,
ria!
O sono se
foi e voltar talvez,
Não tenho
pressa, a hora é agora,
De
rascunhar, dá vontade de rabiscar,
De
transcrever o que se pretende viver,
E agradar o
que pretende vir e ver,
A paz que
floresce nessa manhã
Transpira
como o orvalho,
Foge pela
face que boceja,
Lembra ter,
traqueja e deseja,
Aquela
doçura de um alguém que esteja,
Rubra e
delicada, com sabor cereja,
Se for, iria
talvez, tampouco,
Pena,
euforia não é sensatez,
Se eu for,
ria com toda sua timidez,
E deste
paladar surge festeja, o ser,
E me
confundo no ter e não querer,
Contado por
alguém sendo improvável,
E quem sabe
impossível, mas é previsível,
Do teatro, a
inspiração que vem e surge,
É mágico o
caleidoscópio de sonhos,
Ideias,
palavras e trechos que se formam,
Transmitindo
a beleza do ser informam,
E constroem
uma nova plataforma,
Promete pra
sempre levar ao céu,
E que tenho
tudo o que é seu,
Adicionar
algo é por um tanto,
Belo e
límpido, adicionar é, portanto,
Sentir
momentos, traduzir sentimentos,
Criar um
novo dicionário, único, e seu,
E deverá ser
utilizado na criação do adiante,
Ali, neste
momento em que a jura,
DANILO CESAR
– 11 07 13
Na via da fada!
Aí, senhor do destino, isso é um teste?
Quanta peça tem sido pregada, seu peste!
Sonhos de criança, encontrar uma fada,
Depois cresci e conheci como você é danada,
Nossa como você é safada!
Isso tudo é pra mostrar um ciclo, ou vício?
Que o mundo é redondo, e cuidado com o mico?
Não rola!
Rola?
Balança e gira, mistura tudo,
Quando acredita estar longe,
Espanta com o álbum próximo,
Depara com o que não quer,
Prepara para o que der,
E se vier, como queira, pura sacanagem,
É como não sentir-se protagonista de sua própria,
Coadjuvante de suas escolhas,
Enquanto o piloto automático gerencia,
Você vive, ou sobrevive,
Não sei o motivo de tanta encanação,
Mas explica minha inspiração,
É pra mostrar que o errado é certo?
Ou que o certo é tão errado,
Quanto à certeza de seu não sei,
Encanei tanto, que o fogo não apaga,
Enganei tanto, mas a lembrança não acaba,
O que será que está acontecendo?
Entre dedos fúnebres e desejos profanos,
O gostar do proibido é impróprio,
O desejo indevido é sóbrio,
E nessa pirotecnia de sensações,
Os fogos unem uma mistura fina,
Bela e perigosa, ardente e penosa,
Ela é dengosa, latente como a rosa,
Que dada à duplicidade da doação,
Implica no ardor de um desejo e paixão,
Que transforma a pétala linda,
Em um calor lascivo e nocivo.
Afinal sou apenas mais um amigo.
Vi, não acredito que tanta beleza é
em vão,
Olhei, é possível que seja serena,
Seria? Não!
Enxerguei, a ninfa mais dissimulada
de todas,
Justo eu, que já havia me apaixonado
uma vez,
E achei você, mas captei, foi apenas
uma página,
Uma figura da linguagem, que deixava
bobo,
E entre paradoxos, eufemismos e
hipérbatos,
Construí você, isso mesmo, eu
edifiquei você,
Num formato tão plenamente
desejável,
Que cegava inclusive seu poeta,
justo eu,
Que sempre estive do outro lado,
Só de olhar, o tremer com tamanhos
olhos,
Literalmente de ressaca,
Óh mar, bate “nessa boca que te
beija”,
Tanta opressão deve ser por conta do
inverno,
O frio destrói corpos, aqui um,
Benéfico para os minutos que agita,
E como coca, cola, e não deixa
parar,
E logo você vira, lembra, lá tinha?
Um chuta, outro cata e você vira
lata?
É ser utilizado, usado e
reaproveitado,
Tudo em terceira pessoa sem direito
a plural,
No simples ato singular de se levar,
Degustado, pensar, sonhar e
acreditar,
De gostar, acordar sem dormir, e
chorar,
O sol vem, as estrelas vão embora,
O universo já não é mais o mesmo,
Mas tudo o que importa é que você
É biodegradável, não é ótimo?
Enfim, se tudo for mais difícil,
Você ainda ajuda o planeta,
Afinal servimos, e mais motivo,
Todos os seres serão aproveitados,
E aproveitáveis!
Passaporte
Dia lindo! Como é
possível o dia chorar e ainda brilhar!
Depois de quase 400km de belezas e incertezas,
Enfim te peguei, passaporte, mesmo sabendo,
Que não é útil, passe a sorte, afinal azar no amor?
Nunca tive, sempre amado fui, e como fui,
Abençoados os anjos que me tornam mais,
Forte, feliz, amado e desejado, ao longo desse percurso,
É que a vida nos põe em devaneios, e o desejo,
É algo que não surge as vezes, e te consome,
Atrapalha e cega, e saibam, como some,
Num piscar de olhos, passe para a porta,
Só, por entre estradas repletas de pessoas,
Que não conhecia ninguém, entre o medo,
Num trecho sem documento, me senti louco,
Transitando pelo mundo na certeza de ser pego,
Afinal é errado saber o certo e não fazê-lo,
Mas fui, abusei, e aqui estou sã e salvo,
Ah, e uma coisa importante, a você, que me protege,
Ainda hoje, e sempre, não escrevo pra te machucar,
É apenas uma maneira de expressar, pois é assim,
A vida é um ANAgrama de coisas, que se juntam,
E separam a todos, a qualquer momento,
E junte-se aqueles que acreditam,
Afinal o poeta Raul dizia:
"As pessoas não morrem, só acordam do sonho da vida".
Mesmo gostando muito de suas palavras, Raul,
Acredito que quando dizemos que a vida é um sonho,
Você se esqueceu da ambiguidade da palavra!
DANILO CESAR - 02 07 13
Depois de quase 400km de belezas e incertezas,
Enfim te peguei, passaporte, mesmo sabendo,
Que não é útil, passe a sorte, afinal azar no amor?
Nunca tive, sempre amado fui, e como fui,
Abençoados os anjos que me tornam mais,
Forte, feliz, amado e desejado, ao longo desse percurso,
É que a vida nos põe em devaneios, e o desejo,
É algo que não surge as vezes, e te consome,
Atrapalha e cega, e saibam, como some,
Num piscar de olhos, passe para a porta,
Só, por entre estradas repletas de pessoas,
Que não conhecia ninguém, entre o medo,
Num trecho sem documento, me senti louco,
Transitando pelo mundo na certeza de ser pego,
Afinal é errado saber o certo e não fazê-lo,
Mas fui, abusei, e aqui estou sã e salvo,
Ah, e uma coisa importante, a você, que me protege,
Ainda hoje, e sempre, não escrevo pra te machucar,
É apenas uma maneira de expressar, pois é assim,
A vida é um ANAgrama de coisas, que se juntam,
E separam a todos, a qualquer momento,
E junte-se aqueles que acreditam,
Afinal o poeta Raul dizia:
"As pessoas não morrem, só acordam do sonho da vida".
Mesmo gostando muito de suas palavras, Raul,
Acredito que quando dizemos que a vida é um sonho,
Você se esqueceu da ambiguidade da palavra!
DANILO CESAR - 02 07 13
Liberdade
A visão de um ambiente,
De uma natureza pura,
Transmite felicidade,
Paz e serenidade,
Pena sermos tão egoístas,
Destruirmos tudo isso,
Saqueando a nós esta beleza,
Pra nossas casas a natureza,
Entre sabiás e canários
Que cantam seu pranto,
Enquanto seus donos
Encantam com a dor,
Mesmo doando seu amor,
Esquecem como é bom ser livre,
Afinal quem nunca quis ter sua beleza,
Somente pra si, e não compartilhar,
Com mais ninguém, ter que doar,
Entendo e discordo, porém hoje,
No tempo, eu concordo, acredito,
Se eu plantar e regar,
Logo terei a certeza,
Que meu jardim será,
Coragem para voar!
DANILO CESAR – 29 06 13
Sublimação
Nascemos pré-destilados,
De um equilíbrio líquido-vapor,
Fonte sólida que liquidifica,
E, quase atinge a sublimação,
Como é sublime a ação,
Fundida durante a miscelânea,
De sensações, suspiros,
Murmúrios e desejos,
Vistos ao céu, até que,
Oh, Cosmo!
Que traz o mais alto nível de satisfação,
Breve, intensa, é a sensação,
Inesquecível, remove o chão,
Ora insubstituível, uma maldição,
Faz flutuar, sentir a brisa,
Um afagar, por mais uma vez,
Querer deitar, e nessa constância,
Jura até amar, sem haver sentimento,
É como pecar e se confessar,
Perdendo ar, mais uma vez,
Concentra os sete chacras, num fluxo,
Que inspira, pira e respira,
Oh Chronos, intervenha nesse momento,
E traga para todo o sempre esse tempo,
Promova esse belo universo de desejo,
Aos olhos daqueles se apaixonam
Pelos encantos de uma só deusa,
Que à, adorarão para sempre,
Como sua eterna Afrodite,
E livrai-nos, Oh Zeus, das sereias do mau,
Ser houver, amem!
DANILO CESAR – 27 06 13
Pais são.
Refletir a vida em palavras,
Disseram que era um Dom,
Talvez por meu jeito Casmurro,
Dado comigo e a meus afazeres,
Quieto, tímido e confuso,
Mas tem se tornado exercício,
Pois os temas temos tido à beça,
Mesmo que não transpareça,
E que o interno não se faça eterno,
Ao externo, fica a visão deturpada,
De algo tão forte como o diamante,
Mas que vem se definhando como a velhice,
Já insisti em focalizar novos poentes,
Afinal nasço sempre do mesmo jeito,
Dias de chuva, lá em mi menor,
Em busca de sol em ré, nasce,
Queria ser como a Lua,
Mesmo sabendo que existem fases,
É dona da certeza que um dia estará cheia,
Não como o buraco que aqui jaz, cheio de vazio,
Mas plena em beleza e encanto,
Que inspira todos os que sonhos em paixão,
Renato afirma em seus devaneios, que Pais são,
“Crianças como você e o que você vai ser quando você crescer!
Engraçado, um pupilo hoje me perguntou,
O que você quer ser quando crescer?
“Assim, sei que já é grande, mais o que quer ser,
Quando for mais grande”,
E mesmo com o vasto conhecimento teórico,
Fiquei perdido sem saber o que dizer.
E neste último suspiro, desta noite que foi,
A tentativa de um afago verbal,
Daquelas que Boca do Inferno tinha,
Buscando em suas aventuras,
Sequer uma ilusão foi fácil de ouvir,
Realmente, os tempos modernos,
Servem para fossilizar sentimentos,
E se socializar com sentimos menos,
DANILO CESAR – 27 06 13
Conversando com você, adormecido,
Digo que aqui jaz um falecido,
Como afirma o poeta Fernando,
“De ontem em diante”,
Não será mais constante,
Mesmo que insista estremecer,
Dissimulado e devasso agora é o ser,
A coragem para olhar no fundo,
Uma Medusa petrificou meu mundo,
O medo usa, abusa e cruza, e no fluxo,
Apenas circula, não bate, e já não apanha,
Poderia ter trocado por um de metal,
Não faria mal, mas tanto oxigênio,
Oxida, e com o tempo a ferrugem fica,
Tornando o respirar em parte nociva,
Prefiro a rocha que reside ao fogo,
E mesmo que derreta e me comprometa,
Posso modelar no mesmo espaço,
Até meu lar mudar, e lapidar em aço,
Tamanha chama não se apaga,
Enquanto o tempo não a afaga,
Petrifica, esquenta e esfria,
E o aqui o Preto fica, ebole, condensa e vaporiza,
O sonho dá lugar ao carnaval,
E a gente pula e brinca,
Dissimula, canta e encanta,
E mais uma vez toma a forma,
Adorando não adorar,
Amando a maneira do ser, amor,
Eufemismo que vem e vem durante o calor.
DANILO CESAR – 25 06 13
Infinitivo
“O verdadeiro amor nunca morre, adormece”,
Assim afirma a musa que ama,
E nessa prece, às vezes chego acreditar no fato,
Pena que amar é infinitivo,
Nem sempre concorda com o Eu ou Você,
Também no condiz com o ato,
O que te empata Odim?
Sabedoria, guerra ou morte?
Todavia, muitos se confundem,
Tantas vias nos colocam centos de acentos,
Que dificilmente farão, o eu, subordinar-se,
Talvez seja uma fase coordenativa da lida,
Em que o belo e feio possam enfim, ficar,
Do pé, o adjetivo da vida depende,
De pé, coloca-se no chão, direito,
Como e quando acorda,
Momento em que o sonho toma forma,
Bebe pesadelos e se embriaga de esperanças,
Sonho de muitos, prazer de poucos,
Então sejamos todos tontos,
Brindemos ao sepulcro de um amante,
Conheçam o novo fingidor.
Eu que não!
E num verso da
bela canção me deparei
“Eu que não fumo, pedi um cigarro eu qi nom amo você”!
Nesse trecho eu me deparava com o amargo gosto do fel,
Aquele que estraga totalmente o sabor de quero mais,
Sem saber que o mais é sempre possível, mesmo que impossível,
Pra que tantos paradoxos afinal a vida é uma via de mão dupla,
Duplamente egoísta e pautada por nossas emoções,
E digo mais, os “moções”, são aqueles que podem construir edifícios,
E como é difícil construir algo novo e belo hoje,
Num mundo em que ninguém é de ninguém,
E não existe mais o ético e crença naquilo que é bom,
Num local onde cético prevalece, com suas noções,
E concepções vagas cheias de eufemismos baratos,
Mas caros para a realidade de um ser humano que sonha,
E acredita que o mundo é perfeito!
Gosta de pertencer à perfeição, mas não ser perfeito.
De ter direitos, mas vagamente ser direito,
Vejo que somos todos cavaleiros errantes,
Num mundo em que cavalos de metal,
Constroem e consomem novos ideais,
Exaltam o exemplo de Tróia,
Mas se esquecem do jeito Apolíneo de ser,
Ter é mais forte que ser,
Prevalecendo a visão Dionisíaca,
Eu acredito somos todos engenheiros,
“Então somos quem podemos ser,
E sonhos é o que devemos ter”!
“Eu que não fumo, pedi um cigarro eu qi nom amo você”!
Nesse trecho eu me deparava com o amargo gosto do fel,
Aquele que estraga totalmente o sabor de quero mais,
Sem saber que o mais é sempre possível, mesmo que impossível,
Pra que tantos paradoxos afinal a vida é uma via de mão dupla,
Duplamente egoísta e pautada por nossas emoções,
E digo mais, os “moções”, são aqueles que podem construir edifícios,
E como é difícil construir algo novo e belo hoje,
Num mundo em que ninguém é de ninguém,
E não existe mais o ético e crença naquilo que é bom,
Num local onde cético prevalece, com suas noções,
E concepções vagas cheias de eufemismos baratos,
Mas caros para a realidade de um ser humano que sonha,
E acredita que o mundo é perfeito!
Gosta de pertencer à perfeição, mas não ser perfeito.
De ter direitos, mas vagamente ser direito,
Vejo que somos todos cavaleiros errantes,
Num mundo em que cavalos de metal,
Constroem e consomem novos ideais,
Exaltam o exemplo de Tróia,
Mas se esquecem do jeito Apolíneo de ser,
Ter é mais forte que ser,
Prevalecendo a visão Dionisíaca,
Eu acredito somos todos engenheiros,
“Então somos quem podemos ser,
E sonhos é o que devemos ter”!
DANILO CESAR DE MATOS LOPES 23 06 13
Morfeu!
Será que você cresceu e foi morar na realidade?
Grande amigo meu, quem te chama?
Acredito que se esqueceu, onde andarás Morfeu?
Deve ter encontrado o amor seu,
Por que não habita mais os sonhos?
Ou a dor nasceu tão forte que nem a morfina,
Ameniza seu sofrer, esqueça essa menina!
Eu disse que era encantador, lindo sorriso,
Não se encante, há dor, mas cega é a sensação,
Um sorriso que desorienta, e muda o norte de
lugar,
Esquece o poente e acredita ser nascente,
Talvez por conta dos inúmeros fios de ouro,
Que se misturam com as fábulas de um sorriso
puro,
Taurino que veio para completar seu ciclo,
Que neste primeiro dia de inverno,
Faz seu dia ficar mais curto e a noite mais
longa,
Mas atente-se, pois ainda restam 193 dias para o
fim,
E ainda tem responsabilidade com a primavera,
Que te necessita, Virgem! Para fertilizar muitos
sonhos,
Tudo bem, eu entendo, aventure-se
Inspire-se, cative-a, afinal você é quem lapida
a joia que deseja,
E todo esse encanto não é gratuito, existe algo
além,
E você já ter visto isso, então volte aos
sonhos,
E não esqueça que o verão depende apenas de
você!
Danilo Cesar – 21 / 06 / 13
Agora um poema!
Pô, Ema!
Levante essa cabeça e
pare de se esconder,
Enterrar-se é solução
para você se perder,
Raul disse que a cabeça não aguenta se você parar,
Cante, Grite, Vibre, e talvez chore,
Até o dia chora quando o calor é forte,
Quiçá você que num vulcão de palavras,
Perdendo-se entre pirotecnias verbais,
Degusta sapos e reflete ódio,
A poesia de sua alma transpira em seu olhar,
Mas é ironia dos outros que pisam sem descer do seu nariz!
Agora um poema,
Pô, Ema, Ame,
E na força de ser, amando mostre,
Para ter ou viver, é preciso mais que você,
Neste momento vai saber que mentiram para você
Quando diziam “dividir”,
Na escola, deixar de ter era repartir,
Talvez até perder, e regredir,
Mas hoje sei que dividir pode ser somar,
E só mar, com ondas que levam o mal,
Às vezes trazem meu bem!
Ser o mano!
Até tentei mas não deu,
Talvez tenha chegado tarde,
E algo já estivesse acontecendo e não vi,
Ou vi, não entendi,
Talvez por cisma em errar,
Devo ter me distraído durante a canção,
“Mas você me conhece eu faço tudo errado”,
Pois é a Banca é foda, já dizia Cone Crew,
Mas Ser o mano não é fácil,
Pois é, o ser humano é complexo,
Nem Freud explica, mas eu queria te entender,
Saber como, porque e quando e te
ofendi,
Você disse sim, e feliz me deixou,
E fomos atrasados, mas embalados na energia,
Enfim chegamos e entramos, relembrando clássicos,
Você dizia que gostava de Jack e eu Teeeequila!
“But don’t worry, ‘cause
everything is gonna be alright”
Que noite! Minha HD mental não pode ser apagada,
E nossa nova parceira já estava registrada, e tenha certeza,
Não quis ofender, perdoe meu ser! Mano!
Talvez a pupila tenha se dilatado demais,
Por entre 20 brisas de exóticos sabores, entre cravo e canela,
Me entorpeci e esqueci de ouvir o que você dizia!
Paz ciência
Esta vida é engraçada, cheia de vazio,
Quem disse que tudo é ter muito,
E que nada é tão pouco,
Sol, chuva, lua, vento,
Atchim! Assim pra mim,
Você parece mal hoje!
Que você tem?
Tenho casa, carro, emprego,
Tudo que alguém
gostaria de ter
Tenho febre mental, e cansaço verbal!
Quanto mais me instruo
Mais decepcionado fico em instruir.
Hoje ouvia... “e o fim é certo, depende de como
você vê”
Pois é,
Tenham paciência!
Mas sempre digo,
Paz é uma ciência,
Que achava ser exata,
Mas como dividir
Se nascemos, crescemos
E vivemos para somar!
Danilo Cesar de Matos Lopes – 05 / 06 / 2013
Grampear a dor
Bom dia! A canção dizia... “e o mundo é perfeito”
É que dizemos, a todas as crias,
Já leu hoje?
Tentei, mas Veja,
Tinha tanta propaganda de carros,
Que me perdi entre as páginas e esqueci o que estava fazendo,
Café?
Claro, é sempre bom agir com a fé das pessoas,
Talvez, afinal,
Comemos rótulos,
Bebemos vícios,
Virtudes?
Não obrigado, estou de dieta,
Cultural?
Não, moral.
Tal como, quando ou enquanto,
Tabulando o outro,
Ainda criança,
Me junto,
“Sabe né”,
Grampeador, aquele
Que não mede esforços para unir
A ferro o papel,
Uni,
Mas facilmente, Pode ser rompido.
Grampear a dor é o caminho,
Para mostrar seu reflexo de espelho.
DANILO CESAR DE MATOS LOPES – 06 06 2013
*Todos direitos reservados a Danilo Cesar de Matos Lopes, sendo autorias próprias*
*Todos direitos reservados a Danilo Cesar de Matos Lopes, sendo autorias próprias*
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