ESCOLA
ESTADUAL “NENÊ LOURENÇO”
RIBEIRÃO CORRENTE / SP
Nosso Compromisso:
Garantir
condições para que todos os alunos desenvolvam suas capacidades e aprendam os
conteúdos necessários para a vida em Sociedade.
Promover a
Cidadania a partir da compreensão da realidade para que possa contribuir na transformação do aluno - cidadão
Texto produzido por Joyce Aparecida Bertanha (2007)
Agradecimentos
Aos Colaboradores
·
Gislaine Ferreira
Magalini
·
Cláudia Roberta
Marcantônio
·
Dolly Tannous Elias
·
Valéria Cristina
Leandro
·
Alunos
2ª Série A -
2007
3ª Série B -
2007
“Dedico
este trabalho ao historiador e ao contador de histórias que há dentro de cada
um.”
Ribeirão
Corrente foi fundada no século XIX, no final da década de 1860. Francisco Franco,
um fazendeiro da região, satisfazendo o desejo de sua esposa, Constância Maria
de Jesus, brutalmente assassinada, doou alguns alqueires de sua propriedade
para que fosse construída uma capela em homenagem à Santa Cruz. Ao redor desta
capela começaram a ser construídas algumas casas, o que transformou,
rapidamente, o local num vilarejo. Este vilarejo recebeu o nome de Ribeirão
Corrente, uma referência a um rio que passa próximo à cidade. Atraídos pela
fertilidade das terras da região muitos imigrantes, especialmente os italianos,
instalaram-se dando maior impulso à cultura do café. Cultura esta que predomina
até os dias atuais.
Devido
ao crescimento da população e ao número elevado de crianças sem instrução,
percebe-se a necessidade da implantação de uma instituição de ensino. Assim, em
outubro do ano de 1922, surge a primeira escola de Ribeirão Corrente, nomeada
Escola Feminina de Ribeirão Corrente.
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Foto do livro de ata de exames, folha 2. Registro da Escola Feminina do distrito de Ribeirão
Corrente – 18/11/1922
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Cerca de trinta meninas foram
matriculadas, tendo como mestre, a professora aurora Joaquina Falcone. O curso
oferecido ia até a 4ª série e além das matérias habituais, as garotas aprendiam
a fazer crochê e bordar. O prédio contava com apenas duas salas, não havia
sanitários, nem espaço para recreação.
A
partir de 1940 a escola passa a receber garotos, por isso, tem seu nome
alterado para Escola Mista de Ribeirão Corrente.
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Foto do livro de matrícula, folha 1. Registro da Escola Mista do distrito de
Ribeirão Corrente – 12/02/1941
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Por não suportar
mais o número elevado de alunos, aproximadamente 50, duas salas passam a
funcionar provisoriamente em casa de dois moradores.
No
ano de 1945 passa a ser Grupo Escolar de Ribeirão Corrente.
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Foto do livro de exames, folha 1. Registro do Grupo Escolar de Ribeirão
Corrente – 17/07/1945
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Desde sua
criação até o ano de 1947, funcionou no prédio onde hoje está instalado o Banco
Nossa Caixa.
Foto do Prédio onde funcionou a Escola Feminina Urbana de Ribeirão Corrente no período de 1922 a 1947. |
Pelo fato de o prédio ser pequeno e a crescente demanda
de matrículas, aproximadamente 70, houve a necessidade de um espaço mais amplo,
por isso, em 1948 a escola transferiu-se para um local maior, onde hoje
funciona departamentos públicos municipais e o 15º Batalhão da Polícia Militar.
Foto do Prédio onde funcionou o Grupo Escolar
de Ribeirão Corrente no período de 1948 a 1962.
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No
início da década de 1960, ocorreu novamente alteração na nomenclatura da
escola, que desta vez passou a ser chamada de Grupo Escolar Nenê Lourenço, em
homenagem a José Lourenço, morto em 1958, no exercícios de suas funções.
A
cidade contava com uma população de aproximadamente mil habitantes e não tendo
mais onde abrigar os estudantes, que agora chegava a cerca de 150 a Secretaria
de Educação do Estado enviou verbas para a construção do novo prédio da Escola
Nenê Lourenço.
Foto do Prédio onde funcionou a Escola
Estadual de Primeiro e Segundo Graus de Ribeirão Corrente de 1963 a 2004.
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Na planta constava seis salas de aula, laboratório,
secretaria, diretoria, sala de professores, cozinha, banheiros, pátio e quadra
esportiva. A partir daí começou a ser oferecido o ensino fundamental completo.
Nesse
período, exatamente em 7 de abril de 1965, Ribeirão Corrente emancipa-se
politicamente de Franca. Feito conquistado com a vontade do povo ribeirão –
correntense e com o apoio do, então, deputado Onofre Gosuem, que encaminhou um
abaixo-assinado à Câmara dos Deputados com o pedido da população. Houve
eleições municipais e o Sr. Sebastião Carlos Figueiredo foi eleito o primeiro
prefeito do novo município.
Desta
eleição surgiu uma rixa política entre o candidato derrotado, Romeu Calixto, e
o vencedor. Essa disputa refletiu-se na escola, pois no início da década de
1970, eleito prefeito, Romeu Calixto decide homenagear seu pai, Felipe Calixto
e altera novamente o nome da escola, que agora passa a ser Grupo Escolar Nenê
Lourenço (1ª a 4ª séries) e Ginásio Estadual Felipe Calixto (5ª a 8ª séries).
Porém, esta nomenclatura não permaneceu, pois, o patrono oficial era Nenê
Lourenço, dessa forma, no fim da década, tornou-se EEPSG Nenê Lourenço.
José Lourenço, mais conhecido como
Nenê Lourenço, nasceu em 9 de janeiro de 1897, em Ribeirão Corrente, filho de
Joaquim Lourenço e Maria Belmira. Ainda criança mudou-se para Franca.
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Foto do Patrono da Escola Estadual Nenê Lourenço |
No
dia 10 de dezembro de 1917, foi nomeada para o cargo de Serventuário da Justiça
de Ribeirão Corrente, comarca de Franca.
Em
1918, apresentou-se para o serviço militar, tendo pertencido a primeira turma
dos sorteados voluntários de Franca, servindo em Caçapava, neste mesmo ano.
Jovem
ainda, isto é, em 1920, contraiu núpcias com Lisette Coelho, o seu casamento
foi realizado em São Paulo. Deste casamento nasceram: Cynira, Leny, Laerce,
Célio, Leila, Ludy, Niobi e Amaury.
No
dia 20 de agosto de 1953, foi nomeado comissário de menores da comarca de
Franca pelo juiz de Direito Dr. Carlos Dias; em agosto de 1954, Dr. João Mendes
nomeou-o como escrivão eleitoral do Distrito de Ribeirão Corrente.
José
Lourenço era homem correto, trabalhador e batalhador das causas justas. Muito
procurou fazer enquanto viveu.
Tendo
sido morto no dia 03 de julho de 1958, na função de seus deveres – era escrivão
de paz ou comissário de menores- deixou vago o lugar que ocupou por cerca de 40
anos e meio. Sua mulher exercia função de professora, a qual desempenhava com
dedicação.
Com
o crescente número de estudantes e o interesse dos mesmos em dar prosseguimento
aos estudos, houve a necessidade de ampliação do curso oferecido, que até
então, era apenas diurno. Com o auxílio do diretor, José Murilo de Arruda
Campos, em 1987, foi aberto o colegial noturno. Isso proporcionou aos
interessados grandes benefícios, pois puderam concluir o 2º Grau na própria
cidade, para depois dar seqüência aos estudos, cursando faculdade.
A
escola sofreu alteração em seu espaço físico original. Foram construídas mais
salas de aula, pois as seis iniciais já não suportavam a demanda de matrículas.
Os gestores que passaram até então pela instituição foram:
- Alberto de Oliveira Dopp
– 1941 a 1944
- Maria da Conceição
Guimarães – 1945
- Celso Toledo Tavares –
1946
- Odete Dopp Arantes –
1947
- Alberto de Oliveira Dopp
– 1948 a 1949
- Celso Toledo Tavares –
1950 a 1953
- Catharina Massola – 1954
a 1961
- José Sanches Neto – 1962
a 1965
- Leila de Najar Valdívia
– 1966
- Olyntha Pereira
Marcantônio – 1967
- Cleusa Leila Licursi –
1968
- Thereza da Silva Moreira
Rici – 1969 a 1970
- Leila Brigagão de Couto
– 1971
- Áurea Garcia Bahia –
1973 a 1977
- Berenice M. de Oliveira
Rocha – 1977 a 1978
- Leila Astun Abrahão –
1979 a 1981
- Jussara Ferreira
Veríssimo – 1982 a 1983
- Maria Edna Faleiros
Lopes – 1983
- Marilene Batista
Nascimento – 1984 a 1985
- José Murilo de Arruda
Campos – 1986
- Jussara Ferreira
Veríssimo – 1987 a 1988
Este período da EEPSG Nenê
Lourenço foi muito produtivo. Aconteceram eventos comemorativos que marcaram
época, como os
desfiles de 7 de setembro, festas
juninas e semanas do folclore.
Sucedidos
pelos Gestores:
-
Maria Helena Alves Ferreira – 1989
-
Gislene de Souza David – 1990 a 1991
-
Terezinha aparecida Reche – 1991
-
Carlos Roberto Ferreira – 1992 a 1993
-
Dayse Teodora Figueiredo Garcia – 1993 a 1997
-
Rosani Torricilas Campos – 1998
-
Maria Aparecida Soares Zero – 1998 a 1999
-
Jane Lúcia Pimenta Barbosa – 1999 a 2001
-
Orlando Maia de Abreu – 2002 a 2003
-
Aurélio Luiz da Silva – 2003 a 2004
-
Gislaine Ferreira magalini – 2004
Nos anos de 94 e 95, foram organizadas feiras de ciências que atraíram grande número de visitantes. No final da década, seguindo a crescente onda de municipalização do ensino, o município passa a assumir o ensino fundamental, de 1ª a 4ª série, ficando, a agora, EE Nenê Lourenço, encarregada de oferecer o ensino fundamental, de 5ª a 8ª série e o ensino médio.
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Abertura da Feira de Ciências e Cultura da
EEPSG “Nenê Lourenço” no ano de 1994.
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Em
julho de 2000, chega o Ensino para Jovens e Adultos (EJA), na modalidade ensino
fundamental. Matricularam-se cerca de 100 alunos. Muitos idosos puderam
concluir o ensino fundamental após décadas fora da sala de aula, o que foi
motivo de comemoração para todos.
A
partir de maio de 2001, passa a contar com EJA Médio. Graças a isso muitos
alunos que concluíram o EJA Fundamental, puderam ter acesso ao Ensino Médio.
Em
2004, inicia-se a construção de um novo prédio para o qual a escola é
transferida em 28 de setembro do mesmo ano, deixando o prédio antigo à escola
municipalizada.
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Foto aérea onde funciona, desde setembro de
2004, a Escola Estadual Nenê Lourenço.
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A nova escola conta com, no térreo, sala de direção,
secretaria, hall de entrada, sala de professores, banheiros, depósitos,
cozinha, refeitório, pátio e almoxarifado. No 1º andar, sala de informática,
biblioteca, salas de aula, possui também um elevador para alunos portadores de
deficiência.
Desde
2003, conta com o programa Escola da Família, que oferece oficinas de
artesanato, pintura, cursos de manicure, culinária, dança e diversas atividades
esportivas.
Em
datas especiais, como o dia das mães, são organizados eventos que oferecem
cortes de cabelo, maquiagem, além de contar com voluntários que aferem a
pressão arterial.
É
desenvolvido, também, o projeto Prevenção também se ensina, no qual os jovens
são orientados através de um bate-papo agradável e repleto de esclarecimentos.
Contando
sempre com um grupo de alunos e professores participativos, a escola foi campeã
da Gincana da Cidadania, um projeto do Governo Estadual, por três anos
consecutivos, 2004, 2005 e 2006. Como prêmio alunos e professores tiveram a
oportunidade de conhecer um dos mais famosos pontos turísticos do país, as
Cataratas do Iguaçu.
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Foto dos alunos da EE Nenê Lourenço, em Foz
do Iguaçu, prêmio da Gincana da Cidadania 2005.
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Diversos
alunos que passaram pela escola “Nenê Lourenço”, exercem profissões de destaque
hoje, como os médicos Orestes Pólo e Janilton César Peixoto; as diretoras Rosa
Helena Costa, Fátima Lúcia Figueiredo e Dayse Teodora Figueiredo Garcia; os
professores Abrahão Feliciano Figueiredo, Edma Elza Eleutério, José Eduardo
Bittar, Valéria Cristina Leandro e Joyce Aparecida Bertanha; os advogados
Sindoval Bertanha Gomes, Osvânia Pólo e Juliana Pereira; e a esportista Kely
Cristina de Souza, que defendeu times paulistas e a seleção brasileira feminina
de futebol sub-17.
A Escola Nenê Lourenço situa-se à
rua Fortunato Messias Nunes s/nº, Ribeirão Corrente SP, telefone (16)
3749-1108; e-mail: e023152a@see.sp.gov.br (Foto 2013)
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Equipe Docente 2013 |
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